domingo, 31 de janeiro de 2016

Time Line da Música Popular Brasileira - parte I

Clique aqui e vá para o jogo
 Com objetivo de preparar uma aula dinâmica e envolvente sobre a história da música brasileira, deparei com esse excelente jogo, rico em informação, e principalmente, que ensina brincando.
 Nele, é possível conhecermos importantes artistas, gêneros e subgêneros musicais, os períodos e movimentos, ouvir canções marcantes de cada gênero, indicações de outras músicas para ouvir, etc.
 Friso que todas informações a seguir foram retiradas e resumidas do site. Simplesmente organizei cronologicamente.


 Choro e primeiros rítmos


 Período explosivo: 1870 a 1950
 A primeira manifestação urbana de música popular, onde moradores do subúrbio carioca, interpretavam abrasileiradamente canções européias como a valsa, schottish e polca. Nas interpretações, incorporavam rítmos africanos e criavam improvisos complexos para desafiar os companheiros. Só entrava virtuoso na brincadeira.
 Pixinguinha, Joaquim Callado, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim são alguns expoentes desse gênero.

 Samba


 Período explosivo: 1917 à 1970
 Nascido nos terreiros de mães de santo baianas radicadas no Rio de Janeiro, e desenvolvido por trabalhadores de uma classe mais humilde, em sua maioria negros. 
 O samba, discriminado por sua origem, passou a ser reconhecido depois de Noel Rosa, jovem branco de classe média. Noel e Sinhô, foram a ponte entre morro, asfalto e rádios.
 Alguns nomes do gênero foram: Noel Rosa, Sinhô, Donga, Wilson Batista, Geraldo Pereira, Mário Reis e Adoniran Barbosa.


 Marchinha de Carnaval


 Período explosivo: 1929 a 1937
 Quem nunca ouviu "A E I O U", "O Teu Cabelo Não Nega", "Linda Morena", entre outras? Tais canções de meados de 1930, são ouvidas até hoje nos salões carnavalescos brasileiros. 
 São incontáveis composições marcadas pelo bom humor e que não deixam brecha para baixo astral. As marchinhas só perderam espaço quando começaram a ser censuradas pelo governo de Getúlio Vargas, por volta de 1937.
 Lamartine de Azevedo Babo, compositor, carioca e debochado, foi uma das grandes figuras.
 Nomes: Lamartine Babo e Carlos Alberto Ferreira Braga (conhecido como Braguinha ou João de Barro).


 Samba de Breque


 Período explosivo: Fim da década de 1930
 O típico malandro carioca gosta de contar histórias e fazer piadas. E assim surge o samba de breque.
 Começaram a improvisar versos engraçados no meio das canções. Após cantarem o samba, os instrumentistas brecavam repentinamente e o intérprete fazia a sua fala, contava piada, histórias, tirava sarro dos temas, etc.
 Alguns artistas: Sinhô, Moreira da Silva, Luiz Barbosa, Germano Mathias, Jorge Veiga, Ciro Monteiro e Dilermando Pinheiro.


 Samba Canção


 Período: 1930 a 1950
 Junção entre o samba e a canção (gênero posterior a modinha), caracterizado por ser lento, por poesias sentimentais falando de amor e tristeza, e arranjos instrumentais mais elaborados do que os ouvidos nas rodas de samba. 
 Alguns nomes: Francisco Alves, Elizeth Cardoso, Dalva de Oliveira, Dolores Duran, Maysa, Caubi Peixoto, Lupcínio Rodrigues, Ataulfo Alves, Orlando Silva, Ciro Monteiro, Dick Farney, Herivelto Martins, Lucio Alves, Nelson Gonçalves, Orestes Barbosa, Angela Maria, Vicente Celestino e Araci Cortes.


 Samba Exaltação


 Período explosivo: 1939 a 1964. 
 Quando ouve-se o termo "Terra do Samba", logo associa-se ao Brasil. A canção "Aquarela do Brasil", como exemplo, foi exportada para o mundo.
 Ary Barroso, compositor da canção e grande representante do gênero, exportou a suposta cultura tupiniquim por meio de suas canções interpretadas por Carmem Miranda (principal representante musical da década de 1930) nos cinemas estadunienses.
 Principal nome: Ary Barroso.


 Música Caipira


 Período explosivo: 1930 a 1950
 No início do século XX, muitos trabalhadores migraram da zona rural para as cidades em busca de serviço, e entre eles, vieram muitos artistas. Gente que cantava e fazia humor com suas violas em festas populares interioranas, pequenos circos, entre outros, e que retratavam o ambiente rural onde viviam.
 Alguns nomes que fizeram história: Tonico e Tinoco, Cornélio Pires, Paraguassu, Jararaca e Ratinho, Alvarenga e Ranchinho, Nhô Pai e Nhô Filho, Cascatinha e Inhana, Zé Carreiro e Carreirinho, Tião Carreiro e Pardinho, Zilo e Zalo, Vieira e Vieirinha, Nhô Belarmino e Nhá Gabriela, Inezita Barroso, Duo Brasil Morena, Irmãs Castro, Irmãs Celeste, Xandica e Xandoca.


 Baião


 Período explosivo: 1946 até início de 1950
 Luis Gonzaga é o grande responsável por disseminar a música nordestina pelo país. Mas não foi fácil para um tocador de sanfona com voz de Taboca Rachada (como era conhecido) entrar nas rádios.
 Alguns nomes: Luis Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Patativa do Assaré, Humberto Teixeira, Zé Dantas, Carmélia Alves, Sivuca e João do Vale.


 Bossa Nova


 Período explosivo: 1958 a 1963
 Os acordes modernos, a batida diferente, cantos com intensidade baixa e notas com clareza, sem vibratos e recursos operísticos, eram a antítese perfeita ao samba-canção e ao bolero, dominantes na época. A Bossa Nova foi o samba reinventado, sem excessos sentimentais dos sambas-canção, e com a harmonia jazzística dos Cool Jazz.
 Alguns nomes: João Gilberto, Tom Jobim, Roberto Menescal, Vinicius de Moraes, Niltom Mendonça, Ronaldo Bôscoli, Nara Leão, Johnny Alf e Marcos Valle. 



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