Carimbó, inicialmente, denominação de tambores de tronco de árvores escavadas, com uma das extremidades recoberta por pele de animal silvestre. Na dança usam-se, sempre, dois ou três tambores de tamanhos variados, que são cavalgados pelos tocadores que os batem com as mãos.
A dança caracteriza-se por pares soltos e os tocadores não dançam.
Encontramos o Carimbó no Norte do Brasil, quase que exclusivamente no Amazonas e Pará, e o instrumental utilizado varia de acordo com as predileções ambientais das zonas onde incide a dança.
A indumentária é simples, porém sempre florida, rendada e vistosa.
O Carimbó, como dança, tem várias coreografias, como a da Onça, do Macaco, do Jacaré-Coroa e a do Peru. Esta última é a dança mais interessante e curiosa do Carimbó, pois requer do dançador habilidades especiais de apanhador de lenço e mímicas de alusão a essa ave.
Segundo o poeta e folclorista Bruno de Menezes, o Carimbó tem a seguinte classificação:
Carimbó praieiro: Zona Atlântica do Pará;
Carimbó pastoril: Ilha do Marajó;
Carimbó agrícola rural: das cidades de Santarém e Alenquer, no Baixo Amazonas.
Nomes fortes do Carimbó:
Augusto Gomes Rodrigues, o mestre Verequete (1916 - 2009);
Pedro Ivo Ferreira Caminhas, o Pinduca (1952 - 2021);
fonte
Brasil, Música e Folclore (Neide Rodrigues Gomes & Esmeralda B. Ruzanowski)