domingo, 29 de julho de 2018

Heitor Villa-Lobos

Eu Sou o Folclore


Heitor Villa-Lobos
   Se seguisse o desejo da mãe, Heitor Villa-Lobos teria sido médico. Preferiu abandonar a família e viajar pelo país, impregnando-se de nossos sons e ritmos. Apresenta-se na Semana de Arte Moderna de 1922, entre vaias e aplausos, regendo de chinelo. Tinha machucado o pé, mas entenderam como rebeldia.
   Fascina o pianista Arthur Rubinstein, que deseja ouvir suas composições. Villa-Lobos responde: "Não falo com pianistas. Eles só tocam Chopin, Beethoven e Mozart". 
   Vai para Paris, onde deixa claro: "Não vim estudar com ninguém. Vim mostrar o que fiz".


Guinchos, Pios e Baques


Raul Villa-Lobos
   Autodidata, Villa-Lobos é apresentado ao mundo musical pelo pai, Raul. Funcionário da Biblioteca Nacional e instrumentista amador, Raul exige o máximo do filho: quando ouviam o guincho da roda do bonde, um pio de pássaro ou o baque de um objeto de metal caindo, Villa-Lobos tinha de dizer a qual nota musical correspondia aquele som. Se errasse, castigo.
   Aos seis anos, o garoto já tocava violoncelo. Seria seu instrumento preferido. Aprende clarinete e, escondido da mãe, violão.
   Com a morte do pai, passa a frequentar rodas boêmias do Rio, convivendo com os sambistas e chorões como Anacleto de Medeiros, Sinhô, Donga, Ernesto Nazareth. Desses encontros nasceriam as séries de Choros e as Bachianas.
   

Franceses e Canibais

Lucie Delarue Mardrus

   Na estréia em Paris (1923), Villa-Lobos se surpreende com o artigo da jornalista Lucie Delarue Mardrus; pequena biografia conta fatos inusitados, como uma aventura na floresta amazônica, com tribo de canibais e danças rituais. A francesa lhe atribui a autoria de Viagem ao Brasil, do alemão Hans Staden (século 17), Villa-Lobos não desmente, contribuindo para aumentar o próprio mito a seu respeito.


Ouvido D'Alma


Vargas e Villa-Lobos
   Durante anos, muitos associaram o nome dele ao Estado Novo e criticaram sua atuação na ditadura de Vargas. Os biógrafos afirmam que ele se aproveitou do apoio estatal para realizar antigo sonho: educar musicalmente o povo brasileiro, a partir da infância. Comanda gigantescos corais. Organiza o Guia Prático, com pelas populares para ensinar música em escola públicas.
   O método de composição intrigava: criava ouvindo novela de rádio ou burburinhos infantis. Tom Jobim o visitava. Certo dia, vendo-o compor com gente tocando violão, flauta, ouvindo música, perguntou: "Maestro, o senhor não se sente incomodado com essa barulheira toda?" Ele responde: "Meu filho, o ouvido interno não tem nada a ver com o externo".


Sodade do Cordão

Sodade do Cordão

   No final da década de1930, Villa-Lobos cria o rancho carnavalesco Sodade do Cordão. O pesquisador Jota Efegê, em Meninos, eu vi, conta: "Lembro dele na frente, sorrindo feliz, de terno branco, chapéu, gelot, charuto no canto da boca, agitando os braços, puxando o bloco [...], inesquecível.



Oração Musical  


Heitor e Arminda
   Em 1948, descobre que está com câncer. É operado em Nova York. Arminda Villa-Lobos, dona Mindinha, a última mulher, narra: "Na véspera da operação, ele compôs uma maravilhosa música. Deu-lhe o nome de Ave Maria. Não era um homem religioso, ,as foi aquela a forma que encontrara para rezar. [...] Depois da doença, suas músicas ganharam uma característica diferente: eram mais violentas, mais fortes. ele gritava."
   Villa-Lobos morre em novembro de 1959, deixando obra monumental.
   "Minha inspiração são oito, dez, doze horas de trabalho por dia. Compondo de qualquer maneira, com dor de dente, com notícias desagradáveis, com dinheiro, sem dinheiro."



Fonte                       
O Melhor do Almanaque Brasil de Cultura Popular. Edição especial do professor;
www.spcuriosos.uol.com.br;
www.museuvillalobos.org.br;
www.repositorio.ufop.br;
www.acervo.oglobo.globo.com/fotogalerias;
br.pinterest.com;

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Back in Black (AC/DC) Guitar Solo


   Após a morte de Bon Scott, muito falou-se sobre o fim do grupo, algo que foi considerado pelos próprios membros.
   Entretanto, quando Brian Johnson foi integrado para ocupar o lugar de Bon, eles compuseram essa melodia para simbolizar a volta por cima (Back in Black pode ser traduzido como De Volta do Luto).
   O álbum se revelou uma grande homenagem para o vocalista falecido, começando pela capa negra em demonstração de luto.
   A parte da letra que diz "esqueça o carro fúnebre, porque eu nunca morri", significa que Scott viverá para sempre através de sua música.
   A canção ficou em 4º na lista das 40 maiores canções de metal do canal estadunidense de televisão VH1.
   Ficou também em 187º na lista das 500 melhores canções de sempre da Rolling Stone.