sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Benefícios Intrínsecos da Música

 Ganhei uma breve leitura sobre Música e Neurociência, e não poderia deixar de postar algo sobre ela, afinal, é um assunto curioso e que gosto bastante. 
Digo que a cada nova busca pelo tema, torna-se mais evidente o quanto o estudo da música é benéfico para o indivíduo. 
 Separei alguns trechos do livro para tomarmos conhecimento e refletirmos juntos. Vamos lá?

 Segundo a autora, durante o processo de estudo musical, são desenvolvidas e estimuladas várias áreas neurológicas de ambos hemisférios cerebrais.
Tocar um instrumento ativa simultaneamente as múltiplas áreas do encéfalo; trabalha a conexão entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro; ajuda a solucionar desafios de planejamento, estratégia e atenção a detalhes; melhora o funcionamento e a eficiência da memória.
 Sem contar a possibilidade de conectar a música com assuntos de outras áreas do conhecimento.

M.I.T.
 Durante anos, neurocientistas realizaram pesquisas sobre os benefícios da instrução musical para o ser humano. A memória, a resolução de problemas, o processamento sequencial e o reconhecimento de padrões são alguns dos benefícios observados durante o aprendizado.
 Os professores de Neurociência do MIT (Massachusetts Institute of Technology), Nancy Kanwisher e Josh H. McDermott, relataram os resultados de sua pesquisa na revista científica Neuron e suas descobertas forneceram aos estudiosos de didática musical uma rica ferramenta para explorar os contornos da musicalidade humana. 
 

 A prática disciplinada e estruturada de tocar um instrumento fortalece as funções cerebrais, permitindo aplicar os mesmos mecanismos cognitivos em outras atividades, acadêmicas ou sociais.
 Estudos de neuroimagens baseados em ressonâncias magnéticas, demonstraram que várias regiões do nosso cérebro são ativadas em conjunto quando tocamos um instrumento, mais do que quando simplesmente ouvimos as canções. A implicação dessas descobertas, bem como a maneira como o aprendizado da música beneficia mormente nossas capacidades cognitivas, estão sendo analisadas pela neurociência e tem obtido avanços significativos.
Nancy Kanwisher
Nancy Kanwisher

 Tocar um instrumento desenvolve a disciplina e a responsabilidade, exige concentração, aprimora a coordenação motora, aperfeiçoa o aprendizado linguístico (língua materna e outras) verbais ou não verbais, facilita a compreensão de raciocínios matemáticos, etc.

 Ao tocar um instrumento, o cérebro potencializa a produção de endorfina (hormônio responsável, entre outras atribuições, pela melhora do humor) e de ocitocina (responsável pela autoconfiança e pela empatia, entre outras funções).

Josh H. McDermott
Josh H. McDermott
 Tocar um instrumento, desenvolve o lobo occipital, que processa os estímulos visuais, e os lobos temporais, que processam estímulos auditivos; estimula o córtex-motor e o córtex pré-frontal, auxiliando na aprendizagem motora e nos movimento de precisão; possibilita ao estudante aprimorar sua concentração e sua reflexão sobre diferentes temas (musicais e não musicais); enriquece o pensamento; estimula respostas afetivas e ligações emocionais (empatia); flexibiliza os julgamentos e reeduca as vontades e sensações de satisfação imediata.
 No momento que está acontecendo o aprendizado, vale destacar três aspectos importantes:
 a) a coordenação motora responsável pelos movimentos necessários para tocar com ambas as mãos, isso exige concentração;
 b) o aspecto visual: o aprendiz observa e inicia o processo de imitação dos movimentos que foram executados;
 c) o aspecto auditivo: a audição é responsável também pela verificação. O estudante escuta os sons (nota, frase, acorde, etc), e em seguida faz as comparações quando os executa no instrumento.

 Estudos com Ressonância Magnética Funcional por Imagem e com Eletroencefalograma (EEG) comprovam as teorias quando mostram os parâmetros de estado do encéfalo humano vivo em tempo real. A ressonância mostra, pelo aumento na concentração de fluxo sanguíneo nas diversas regiões anatômicas, que a exposição de sujeitos a tarefas cognitivo-motoras resulta em aumento de ativação de áreas de projeção.


 O estímulo sonoro aumenta as conexões entre os neurônios. De acordo com a ciência, quanto maior a conexão entre os neurônios, mais desenvolvido será o indivíduo.

 Quando o músico toca uma peça, por exemplo, seu cérebro produz endorfina, um neurotransmissor utilizado pelos neurônios na comunicação do sistema nervoso que proporciona a elevação da autoestima e reduz sintomas depressivos e de ansiedade.


  Devido também a exigência da concentração no ato de tocar um instrumento, o praticante pode distanciar-se emocionalmente de problemas que esteja enfrentando, diminuindo o estresse causado pela situação, alcançando relaxamento.
 Estudiosos ligados a área da neurociência relacionam que a música possui diversas funções, a saber: ela expressa sentimentos, dá prazer estético, diversão, representação simbólica, integração social. Sobre mais detalhes, vide a postagem Funções Sociais da Música.
  Além das inúmeras contribuições intrínsecas da música, o estudo da mesma também possibilita conhecer e refletir sobre várias culturas, histórias, sentimentos e emoções. Proporciona saúde mental, espiritual, motora, entre outros.





fontes                                                                                         
Neurociência e Música (Cristina Melo Garcia);
 Canto Criativo (youtube);
drathaniarossi_neuro;
wikipedia;