Danças europeias como a polca, o schottisch (1851), a habanera, a varsoviana, a quadrilha, a contradança, a redova, etc, até então desconhecidas no Brasil, começam a desembarcar em nossas terras. A valsa, nascida na França em fins do século XVI, desembarca no país por volta de 1837, e a partir de 1850, essas músicas começaram a se abrasileirar.
Em torno de 1870, o choro surge no Rio de Janeiro não propriamente como um gênero, mas como um conjunto instrumental que tocava de um modo abrasileirado as músicas europeias da época: valsas, schottisches, polcas, etc.
Aos grupos instrumentais, geralmente formados de dois violões e um cavaquinho (evolução da música de barbeiros), acrescentam-se comumente a flauta, formando aquilo que ganharia o apelido de "quarteto ideal". Época esta, dos ilustres flautistas: Joaquim Antonio da Silva Calado Jr., Viriato Figueira da Silva, Luizinho, e do cantor Virgílio Pinto da Silveira.
Em relação a palavra Choro, diz-se o seguinte:
O historiador Luís Câmara Cascudo divulga a versão de Jacques Raimundo em "O Negro Brasileiro", segundo a qual "os nossos negros faziam em certos dias, como em São João, ou por ocasião de festas nas fazendas, os seus bailes, que chamavam de xolo, expressão que, por confusão com a parônima portuguesa, passou a dizer-se xôro, e chegando à cidade, foi grafada choro.
O jornalista e musicólogo Lúcio Rangel também sugeriu a seguinte: Quer-nos parecer que a palavra choro, nesta acepção, deriva de choromeleiros, corporação de músico que teve atuação importante no período colonial brasileiro. Os choromeleiros não executavam apenas a charamela, mas outros instrumentos de sopro. Para o povo, naturalmente, qualquer conjunto instrumental deveria ser sempre os choromeleiros, expressão que acabou sendo encurtada para os choros.
José Ramos Tinhorão em "Pequena História da Música Popular Brasileira, 1974", expõe outra versão: "É de compreender-se que, com o correr do tempo, a repetição dessas passagens acabasse fixando determinados esquemas modulatórios, os quais, por se verificarem sempre nos tons mais graves do violão, acabariam se estruturando sob o nome genérico de baixaria. Pois seriam esses esquemas modulatórios, partindo do bordão para decaírem quase sempre rolando pelos sons graves, em tom plangente, os responsáveis pela impressão de melancolia que acabaria conferindo o nome de choro a tal maneira de tocar, e a designação de chorões aos músicos de tais conjuntos, por extensão".
Calado, Viriato, Virgílio e Luizinho davam ao choro os seus primeiros clássicos.
Em torno de 1870, o choro surge no Rio de Janeiro não propriamente como um gênero, mas como um conjunto instrumental que tocava de um modo abrasileirado as músicas europeias da época: valsas, schottisches, polcas, etc.
Aos grupos instrumentais, geralmente formados de dois violões e um cavaquinho (evolução da música de barbeiros), acrescentam-se comumente a flauta, formando aquilo que ganharia o apelido de "quarteto ideal". Época esta, dos ilustres flautistas: Joaquim Antonio da Silva Calado Jr., Viriato Figueira da Silva, Luizinho, e do cantor Virgílio Pinto da Silveira.
Em relação a palavra Choro, diz-se o seguinte:
O historiador Luís Câmara Cascudo divulga a versão de Jacques Raimundo em "O Negro Brasileiro", segundo a qual "os nossos negros faziam em certos dias, como em São João, ou por ocasião de festas nas fazendas, os seus bailes, que chamavam de xolo, expressão que, por confusão com a parônima portuguesa, passou a dizer-se xôro, e chegando à cidade, foi grafada choro.
O jornalista e musicólogo Lúcio Rangel também sugeriu a seguinte: Quer-nos parecer que a palavra choro, nesta acepção, deriva de choromeleiros, corporação de músico que teve atuação importante no período colonial brasileiro. Os choromeleiros não executavam apenas a charamela, mas outros instrumentos de sopro. Para o povo, naturalmente, qualquer conjunto instrumental deveria ser sempre os choromeleiros, expressão que acabou sendo encurtada para os choros.
José Ramos Tinhorão em "Pequena História da Música Popular Brasileira, 1974", expõe outra versão: "É de compreender-se que, com o correr do tempo, a repetição dessas passagens acabasse fixando determinados esquemas modulatórios, os quais, por se verificarem sempre nos tons mais graves do violão, acabariam se estruturando sob o nome genérico de baixaria. Pois seriam esses esquemas modulatórios, partindo do bordão para decaírem quase sempre rolando pelos sons graves, em tom plangente, os responsáveis pela impressão de melancolia que acabaria conferindo o nome de choro a tal maneira de tocar, e a designação de chorões aos músicos de tais conjuntos, por extensão".
Calado, Viriato, Virgílio e Luizinho davam ao choro os seus primeiros clássicos.
Raízes da Música Popular Brasileira (Ary Vasconcelos)