
Por volta de 1946, a música, que até então era uma arte praticada mais por amor que por dinheiro e que quase nada rendia ao compositor senão o prazer de se expressar esteticamente, começou a se tornar um bom negócio. Nesta época nasceram o movimento das sociedades arrecadadoras dos direitos fonográficos.

A influência da música americana, que até então apenas se fazia sentir em um ou outro arranjo, começou a tomar as proporções de uma nova moda musical a partir do lançamento de "Copacabana", interpretada por Dick Farney.
Logo aparece o Baião, tornando-se uma epidemia. O Samba Clássico começa a ficar antiquado e considerado quadrado, e uma nova fase na música popular começa a aparecer.
Em abril de 1958 nasce a Bossa-Nova, surgida em um long-playing chamado "Canção do Amor Demais", que não é absolutamente Bossa-Nova. Encontramos neste álbum composições de Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes, cantadas por Elisete Cardoso. Como dito, nada nele é Bossa-Nova, exceto pelo violão de João Gilberto tocando com uma batida diferente nos sambas "Chega de Saudade" e "Outra Vez". Era a divisão rítmica revolucionária, a nova síncope que iria caracterizar ritmicamente a batida da Bossa-Nova.
Em março de 1959, configurou-se como o nascimento da bossa-nova vocal, quando surge na praça o LP "Chega de Saudade", onde está incluída a canção "Desafinado" e onde pela primeira vez é aplicado o termo bossa-nova:

Em abril de 1958 nasce a Bossa-Nova, surgida em um long-playing chamado "Canção do Amor Demais", que não é absolutamente Bossa-Nova. Encontramos neste álbum composições de Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes, cantadas por Elisete Cardoso. Como dito, nada nele é Bossa-Nova, exceto pelo violão de João Gilberto tocando com uma batida diferente nos sambas "Chega de Saudade" e "Outra Vez". Era a divisão rítmica revolucionária, a nova síncope que iria caracterizar ritmicamente a batida da Bossa-Nova.


...Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é bossa-nova
Isto é muito natural...

Em 1960, lendas como Ella Fitzgerald, Roy Eldridge e Paul Smith se entusiasmam com a música brasileira. Em 1961, Charlie Byrd (outra lenda da música) excursiona pelo Brasil e encantado com o estilo ouvido, leva de volta em sua bagagem alguns discos do gênero.
Em 1962, realiza-se no Carnegie Hall e no Village Gate (ambos em Nova York) o Concerto de Bossa-Nova, apresentado com grande sucesso e êxito em ambos locais.
Surge uma variante do gênero, o Sambalanço. Cultivado por nomes como Ed Lincoln, Miltinho, Djalma Ferreira, etc. E em seguida, chega Jorge Ben com o Afro-Samba.
Panorama da Música Popular Brasileira - Volume 1 (Ary Vasconcelos)