Um monge italiano do século XI, Guido de Arezzo (990-1050), ao ensinar leitura à primeira vista, propôs uma série de sílabas para ajudar os cantores a memorizarem a sequência de tons ou meios-tons das escalas. As sílabas derivam do texto de um hino (datando, pelo menos, do ano 800) que Guido terá talvez musicado por forma a ilustrar a sequência.
Ut queant laxis
Resonare fibris
Mira gestorum
Famulli tuorum
Solve polluit
Labiis reatum
Sancti Ioannis
"Para que os vossos servos possam cantar livremente as maravilhas dos vossos feitos, tirai toda a mácula do pecado dos seus lábios, ó São João".
Cada uma das seis frases do hino começa com uma das notas da sequência, por ordem regularmente ascendente. As sílabas iniciais destas seis frases passaram a ser os nomes das notas: UT, RE, MI, FA, SOL, LA. A nota SI deriva das iniciais do nome Sanct Ioannis.
Neste momento, você deve estar se perguntando:
Mas e a nota DO, derivou de onde?
Em 1640 o maestro Giovanni Battista Doni (1593-1647), percebendo que UT era de difícil pronunciação por terminar em consoante, mudou-o para DO, utilizando a primeira sílaba de seu sobrenome.
Guido de Arezzo também criou o pentagrama (conjunto de cinco linhas e quatro espaços). Com isso, ele criou a partitura, dando oportunidade para que todos pudessem cantar apenas lendo as notas, mesmo sem nunca ter escutado a melodia.
Por causa dessa maravilhosa invenção, todo tipo de música passou a ser escrita e conservada.
A Música e sua Relação com Outras Artes (Clarice Miranda e Liana Justus);
História da Música Ocidental (D. J. Grout e C. V. Palisca);
Jornal Mega Cidade, edição de novembro de 2001;
História da Música Ocidental (D. J. Grout e C. V. Palisca);
Jornal Mega Cidade, edição de novembro de 2001;
2 comentários:
Adorei esse post, parabéns, é de grande valor históric
o.
Obrigado por estar aqui no blog. Fico feliz por ter gostado da leitura!
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