Marcado pelo interesse do homem no saber, foi um período de grande desenvolvimento cultural e que determinou o mundo moderno. Época de grandes nomes como: Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio, Michelangelo Ludovico Buonarroti, entre outros.
O livro, como exemplo, foi inventado no período anterior (Idade Média), contudo, a impressão com tipos moveis deu-se em 1450, pelo alemão Gutenberg, sendo um marco muito importante para o desenvolvimento da música. Cinquenta e um anos mais tarde, o italiano Ottaviano Petrucci inaugurou a imprensa musical.
Neste momento, com as edições dos livros cada vez mais numerosas, o conhecimento ficou mais acessível e a música foi amplamente difundida, permitindo que mais pessoas começassem a tocar e a cantar por meio da leitura das partituras.
O homem considerado educado, dedicava-se ao estudo e às artes. Era importante que ele soubesse tocar no mínimo dois instrumentos musicais, bem como ler partituras. Quem não dispunha desses conhecimentos muitas vezes passava vergonha no meio social. A importância era tanta que pessoas ao serem retratadas em pinturas, faziam questão de posar com um ou mais instrumentos musicais, sempre com a partitura para mostrar a todos o conhecimento que tinham da leitura musical. Mas, assim como hoje, infelizmente a maior parte da população ainda vivia na pobreza e sem acesso a esses conhecimentos.
As edições de música (ricamente ornamentadas), de tão importantes, eram oferecidas como presentes em aniversários e casamentos. As partituras impressas eram deixadas também como herança, assim como os instrumentos musicais.
No Renascimento a música era predominantemente vocal, dividindo-se em sacra e profana. Toda festa relevante ou cerimônia da igreja, da nobreza ou da população, contava com muita música.
Todas igrejas importantes tinham uma escola de canto. Palácios e igrejas renascentistas começaram a contratar músicos para organizar a vida musical com composições especialmente criadas para eles, além de ensinar a ler partituras, tocar instrumentos musicais e cantar. Os primeiros professores de música surgiram neste período.
Motetos e missas era a música sacra vocal, composta para um pequeno coral, sem acompanhamento instrumental. Porém, a música profana (não religiosa) começou a adquirir relevância, e os compositores mostraram-se bastante interessados por ela, escrevendo inclusive pelas instrumentais.
O madrigal (canção polifônica com quatro melodias simultâneas) foi a grande moda do período. Era executada dentro das casas, por pessoas da família, ao redor de uma mesa, cantando acompanhadas pelo alaúde.
Outro fato interessante do Renascimento, é que os artistas passaram a assinar suas obras e assim apareceu muitos compositores. O mais importante deles foi Giovanni Pierluigi da Palestrina, reponsável por toda a música da Basílica de São Pedro. Palestrina, publicou muitas obras em vida, sempre apreciadas como obras-primas da polifonia. Diga-se de passagem, neste período também iniciou a forma redonda das notas musicais na escrita.
Alguns compositores, por ordem de nascimento:
- Josquin des Prez (1440-1521);
- Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594);
- Claudio Monteverdi ( 1567-1643);
fontes
Coleção História da Música - vol. I (C. Miranda e L. Justus);
Uma Breve História da Música (Roy Bennett);
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