domingo, 28 de julho de 2024

1.o Colocado em Processo Seletivo

 Dia 13 de julho de 2024, recebi uma notícia que me deixou extremamente feliz.
 O aluno Odair de Abreu Lima passou como primeiro colocado no processo seletivo da Fundação das Artes de São Caetano.

 O Odair, foi mais um dos alunos que se dedicaram nos estudos, apresentando semanalmente todos exercícios e tarefas propostas durante os anos de estudo. Entre os conteúdos, estudamos: técnica do instrumento; solfejos rítmico e melódico; percepção rítmica; teoria musical; entre outros tantos conteúdos que prolongariam demais esses escritos.

 O desenvolvimento aconteceu pela dedicação do Odair e confiança na metodologia. Ele acreditou e juntos seguimos com foco nos conteúdos.

 É preciso ressaltar que o campo do estudo da música é muito profundo (assim como outras áreas do conhecimento). Existem muitas subáreas e, para quem busca aprofundamento, serão anos de estudo.
 Obviamente para tocar coisas simples num instrumento musical não são tantos anos de estudo (dependendo da dedicação e treino do aluno). Mas friso que aos que buscam estudar música na sua totalidade, será estudo para a vida inteira.

 

 Mestre Odair, muito obrigado por confiar em meu trabalho, acreditar na metodologia, e principalmente, por acreditar em você!! 

 Todos somos capazes quando buscamos algo com afinco.

 
 

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Travessia

 O ano era 1967. Milton Nascimento morava numa pensão em São Paulo, quando compôs três canções que iriam mudar o curso de sua vida.
 "Achei que uma delas não era para mim, nem para o Márcio Borges botar letra", declarou o compositor em um programa da Rádio JB sobre a sua carreia, em outubro de 1990. "Então fui para Belo Horizonte e pedi ao amigo Fernando Brant para fazê-la".
Fernando Brant e Milton Nascimento

 Mas Brant, que jamais havia feito uma letra, recusou sensatamente a incumbência.
 Só que o obstinado Milton ignorou a recusa e, deixando-lhe uma gravação da música, retornou a São Paulo, avisando-lhe que em sua próxima visita a Belo Horizonte queria ver a letra pronta.
 Já havia um título - "O Vendedor de Sonhos" -. uma frase como introdução - "Quem quer comprar meu sonho? - e um tema para a canção: a história de um personagem, uma espécie de caixeiro viajante, que vendia sonhos. No entanto, Fernando preferiu criar uma letra diferente sobre o rompimento de um namoro e a expectativa de superar esta situação.

 Quando Milton voltou e viu a letra, gostou tanto que até bebeu um vinho de Caldas, para comemorar com o novo parceiro o nascimento da canção. Já o título "Travessia" seria encontrado no texto do livro Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, mais precisamente em sua última palavra. Foi assim, meio surpreso, que Fernando Brant descobriu-se poeta.
Fernando Brant e Milton Nascimento, 1969
 Juntamente com as outras duas composições - "Morro Velho" (só de Milton) e "Maria, Minha Fé (letra de Marcio Borges) - "Travessia" foi inscrita no II FIC.
 Aliás, inscrição feita à revelia dos autores, por Agostinho dos Santos, que havia recebido as músicas para gravar. A verdade é que a melhor das três, "Travessia", qualificada como "toada que vem de Minas", acabou por se classificar em segundo lugar no festival e ainda proporcionou o prêmio de melhor intérprete a Milton Nascimento.

 Esta canção excepcional mostra que Milton já começou fazendo música séria e não apenas música bonita, como analisaria o arranjador Eumir Deodato, em depoimento a Zuza Homem de Mello, em setembro de 1968: "O contexto geral da música dele é baseado em música clássica, adaptada a ritmos desconhecidos totalmente. Até hoje não consegui descobrir o impulso rítmico que ele dá as suas músicas. É uma coisa totalmente nova, misteriosa, intrigante e desafiadora".


 "Travessia", que é e sempre será uma peça importante na obra coerente e equilibrada de Milton Nascimento, possui inúmeras gravações: 

 Instrumentistas também deixaram suas interpretações:

  No exterior encontramos a mesma canção com o título de "Bridges" e com letra de Gene Lees, Entre as inúmeras gravações: 
 - Sarah Vaughan (com Milton);
 - Joe Williams;
 - Björk;
 Entre outros, com o título de "Bridges" e letra de Gene Lees.




fontes                                                                                                         :
A canção no Tempo (Jairo Severiano; Zuza Homem de Mello);
Youtube;


domingo, 31 de dezembro de 2023

Instrumentos Excêntricos


Um Valioso Violino


 Um dos instrumentos mais caros do mundo é um violino construído pelo luthier italiano Antonio Stradivari, considerado um dos maiores fabricantes de violinos do mundo.
 Os instrumentos conhecidos por sua confecção requintada, chegam a custar entre 3,5 e 20 milhões de dólares. Além do preço, o violino também é famoso por sua idade - mais de três séculos - e por ter pertencido a diversos violinistas ao redor do mundo todo.



Guitarra Microscópica



 Um dos menores instrumentos do mundo é uma guitarra.
 Criada em 1997 por pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, a guitarra pode ser vista apenas com o  auxílio de um microscópio e, surpreendentemente, é tocável.
 Para manusear e executar algumas notas, é necessário usar uma micropinça, além de ter ótima coordenação motora.



Um Instrumento Literalmente Grandioso


 O maior instrumento musical do mundo mede 14 mil metros quadrados. Criado pelo Leland W. Spinkle, um matemático americano, o Great Stalactites [ou Órgão de Estalactites], como é conhecido, é um órgão elétrico construído na caverna de Luray, nos Estados Unidos.
 O impressionante tamanho do instrumento é resultado de sua junção com a s formações rochosas da caverna.



Tocando sem Tocar


 Já imaginou tocar um instrumento musical sem nem mesmo tocar nele?
 Pode parecer estranho, mas o teremim funciona desta maneira.
 Criado em 1920 pelo russo Lev Sergeivitch Termen, é um instrumentos eletrônico composto por duas antenas, sendo que uma controla o volume, e a outra, a frequência [as notas].
 Para produzir os sons com esse instrumento, é muito simples: basta posicionar e mover as mãos sobre as antenas, sem tocá-las



Flauta Pré-Histórica


 Com idade que pode chegar a 35 mil anos, um dos instrumentos artesanais mais antigos do mundo é uma flauta de osso de marfim.
 Com mais de 22 centímetros de comprimento, a flauta, dentre outros instrumentos, foi encontrada em cavernas localizadas na região Sudoeste da Alemanha, na Europa.
 Acredita-se que a asa de um abutre e as presas de um mamute tenham sido usadas para a confecção do instrumento.

fontes                                                                                    :
101 Curiosidades da Música (Ciranda Cultutral);

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Baixaria, Choro, Chorão!

 Calma, que esse título não tem sintonia com notícias ruins de jornalismos pobres e sensacionalistas!!

 Descobriremos a seguir o significado dessas palavras no mundo da música. Vamos lá!!

 O choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero musical da música popular brasileira que conta com mais de 130 anos de existência. Os conjuntos que o executam são chamado de Regionais e os músicos, compositores ou instrumentistas, são chamados de Chorões. Apesar do nome, o gênero tem, em geral, um ritmo agitado e alegre, caracterizado pelo virtuosismo e improviso dos participantes. O Choro representa a formação instrumental mais tipicamente brasileira e o agrupamento musical mais antigo dentro da música popular brasileira.

ilustração de Alvaro Martins

 O Regional de Choro é tradicionalmente formado por um ou mais instrumentos de solo (flauta, bandolim, clarinete ou saxofone) e pelo cavaquinho, violões e pandeiro no acompanhamento. O cavaquinho executa o "centro" da harmonia, um ou mais violões de 6 cordas (juntamente com o violão de 7 cordas) executam a harmonia e as variações/modulações, o violão de 7 cordas atua como o baixo e o pandeiro faz a marcação de ritmo. O cavaquinho, apesar de possuir limitações com relação à sua extensão, também é usado como instrumento de solo.

 O Choro, em sua essência, é um gênero musical puramente instrumental. Nos poucos Choros que possuem letra, pode-se dizer que grande parte foi escrita anos após o Choro ter sido composto ou mesmo anos após a morte com compositor.


 Poderíamos dizer que o Choro, historicamente começa a nascer na cidade do Rio de Janeiro no início do século XIX, com a chegada ao Brasil da família real portuguesa, que fugia da invasão de Napoleão e trazia consigo quinze mil europeus. Como consequência direta, a cidade do Rio de Ja
neiro passa por transformações urbanas e culturais sem precedentes. Músicos, novos instrumentos musicais e novos ritmos europeus chegam ao Rio de Janeiro e são imediatamente aceitos pelo sociedade. Em pouco tempo, a cidade do Rio de Janeiro passa a ser conhecida, conforme dito pelo poeta Araújo Porto Alegre, como "a cidade dos pianos".

 O Choro é o resultado da exposição do músico brasileiro aos estilos musicais europeus, essencialmente à polca (primeiramente apresentada no Rio de Janeiro em 1845), num ambiente musical já fortemente influenciado pelos ritmos africanos, principalmente o Lundu, já presente na cultura brasileira desde o final do século XVIII. Tal como o Ragtime nos Estados Unidos, o Choro surge em decorrência das influências dos estilos musicais e ritmos vindos de dois continentes: Europa e África.

 A primeira referência ao termo "Choro" aparece na década de 1870, quando o flautista Joaquim Antônio da Silva Callado, considerado pioneiro nesse processo de fusão dos estilos e rimos musicais europeus/africanos, cria um conjunto chamado "Choro Carioca". O Maestro e Professor Baptista Siqueira, biógrafo de Joaquim Callado, esclarece que "com o Choro Carioca, ou simplesmente "Choro de Callado", ficou constituído o mais original agrupamento musical reduzido do Brasil. Constava ele, desde sua origem, de um instrumento solista (a flauta), dois violões e um cavaquinho, no qual somente um dos compositores sabia ler a música escrita: todos os demais deviam ser improvisadores do acompanhamento harmônico".


 De onde vem a palavra choro?

 Há controvérsias, entre os pesquisadores, sobre a origem da palavra "Choro".

 O verbete pode ter derivado da maneira chorosa de se tocar as músicas estrangeiras ao final no século XIX, e os que assim a apreciavam passaram a denominá-la música de fazer chorar. Daí o termo Choro. O próprio Conjunto de Choro passou a ser denominado como tal, como por exemplo, o "Choro de Callado".

Joaquim Callado


 O termo pode também ter derivado de "xolo", um tipo de baile que reunia os escravos das fazendas, expressão que, por confusão com o parônimo português, passou a ser conhecida como "xoro" e, finalmente, na cidade, deve ter começado a ser grafado com "ch".

 Outros defendem que a origem do termo deve-se à sensação de melancolia transmitida pelas modulações improvisadas de contracanto do violão (também chamadas de "baixarias").



Fonte                                                                                                                

Classics of the Brazilian Choro - Joaquim Callado (Choro Music);

Carta Capital;

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

War Loudness

 Desde a década de 1980, com o aparecimento do CD, os executivos das gravadoras começaram a travar uma guerra entre si, deixando as músicas com volume cada vez mais alto afim de destacá-las quando tocadas no rádio.

 O nível máximo de picos em gravações é limitada pelas especificações dos aparelhos eletrônicos na cadeia de sinal até o ouvinte, incluindo tocadores de vinil e fita cassete. Com a chegada dos CDs, a música foi codificada em formato digital com um nível máximo de pico claramente definido.

 Engenheiros podem aplicar uma crescente taxa de compressão a uma gravação de modo a aumentar seu ganho até os picos de volume máximo. Álbuns modernos passaram a fazer uso de forte compressão dinâmica, sacrificando a qualidade da produção em favor do volume alto.


 Essa competição tem sido bastante prejudicial para a música em geral e passou a ser chamada de War Loudness (Guerra do Volume) ou Loudness Race (Corrida do Volume).
 Com esse volume excessivo existente na masterização e nos lançamentos de gravações digitais, os discos, de tão altos, começaram a perder totalmente a dinâmica, além de causar um estresse auditivo pelo excesso de volume e compressão.


 Mas o que é Loudness?

 Loudness é um conceito que está diretamente ligado à intensidade de volume percebida pelo ouvido humano.
 Em volume mais baixo, a nossa audição tende a ouvir menos as baixas e as altas frequências. Isso acontece por conta de uma curva natural do ouvido humano, que é mais sensível às frequências médias, ou seja, nossos ouvidos não são lineares.



 Há alguns anos atrás, quando se assistia televisão, era muito comum o espectador "dar um pulo da poltrona" quando entravam os comerciais. Isso porque o volume ficava quatro vezes mais alto, sendo necessário pegar o controle remoto e baixar o volume; mas logo em seguida, aumentá-lo novamente, quando o programa retornava.

 A escalada competitiva por um volume cada vez mais alto levou fãs de música e membros da imprensa especializada a se referirem a tais álbuns como "vítimas da guerra do volume".

  • Californication, 1999 (Red Hot Chilli Peppers)
  • Songs for the Deaf, 2002 (Queens of the Stone Age)
  • Vapor Trails, 2002 (Rush)
  • Whatever People Say I Am, That´s What I'm Not, 2006 (Arctic Monkeys) 
  • Modern Times, 2006 (Bob Dylan)
  • Back to Basics, 2006 (Christina Aguilera)
  • Memory Almost Full, 2007 (Paul McCartney)
  • Icky Thump, 2007 (The White Stripes)
  • Death Magnetic,, 2008 (Metallica)
  • Black Gives Way to Blue, 2009 (Alice in Chains)

 
LUFS (Loudness Units Relatives to Full Scale)

O cenário começou a mudar e novos padrões de medida passaram a ser adotados com a chegada das plataformas digitais através do LUFS.
 O LUFS tem sido muito importante no sentido de baixar o volume das masterizações de um modo geral, pois até então, o nível de um sinal de áudio era medido de duas maneiras: pelo pico ou pelo RMS.
 Enquanto os picos medem o nível mais alto que o áudio pode ter, o RMS vai medir o nível médio do sinal.
 Para equilibrar os níveis de uma masterização alguns engenheiros baseavam-se pelo pico mais alto da música. Isso nem sempre funcionava muito bem, pois, se o nível RMS de uma determinada faixa fosse maior que outra, elas soariam com volumes diferentes.
 Foi, então, criada uma unidade de medida de loudness, o LUFS. Atualmente esta é a melhor maneira de se medir a intensidade do áudio. 



 O LUFS é uma medida mais precisa e mais compatível com a audição humana, e passou a ser utilizada por emissoras de rádio e TV e também pelas plataformas digitais. Isso evita que, ao ouvir uma playlist, você tenha que ficar aumentando e abaixando o volume o tempo todo.






fontes                                                                                                   :
Técnicas Básicas de Áudio e Gravação (Sesc Digital);
Wikipedia;

sábado, 30 de setembro de 2023

A Grandeza da Música Brasileira e a Pobreza dos Músicos no Brasil

 Recebi essa leitura do aluno Elson de Souza e não poderia deixar de compartilhar esse texto incrível e atemporal de Fred Le Blue Assis, para o Jornal Opção.

 É um real tapa na cara, avisando: acordem meus compositores e músicos!!!

 Resumi os escritos do autor, mas aconselho todos, compositores, profissionais ou não da música, ouvintes, TODOS, a lerem na íntegra. 

 Sem delongas, vamos ao que interessa. 

 O título do artigo já inicia com um sintoma ocorrente. "Pequenas prefeituras no país, que deixam de investir na cultura local para fazer propaganda oficial com shows de grandes celebridades".
 

Pequenas Prefeituras


 A estrutura social excludente e concentradora no Brasil pode ser percebida em todas as áreas, sobretudo, no campo da música. Respeitados e reconhecidos em outros continentes e países, a música e o músico brasileiro costumeiramente não recebe o mesmo tratamento na seu próprio solo. Alguns nomes da música brasileira são cultuados e quase imortalizados em vida, arrecadando fortunas com direitos autorais. Mas obviamente essa realidade é para alguns poucos medalhões, pois a música comercial costuma ser trabalhada pela mídia por meio de revezamentos de modismos de verão, privilegiando esse ou aquele estilo popular regional.

 Cabe então ao Estado intervir para fomentar a arte subterrânea, mas as políticas culturais apenas atestam a formação dos grupos de patrício$ que monopolizam os recursos das Leis de Fomentos, distanciando os subterrâneos de inclusão.

 Alguns pequenos artistas estão conseguindo furar a bolha, criando uma conexão direta com seu público através das redes sociais, tendo algumas vezes seus segundos de fama com canções pobres e de baixo conteúdo.
 "Haverá justiça para música brasileira ou ela está fadada a ser o paraíso de Reis do Gado como o Gusttavo Lima, que comprou uma fazenda milionária no MT cobrando cachês de pequenas prefeituras no país".
 Prefeituras estas que preferem fazer propagandas anunciando shows de grandes celebridades do que investir nos artistas e cultura local.


 Direito Autoral e as Plataformas de Streaming


 A Lei do Direito Autoral existe desde 1998, mas infelizmente não é seguida em sua integridade. Não há, e dificilmente haverá um meio controlar a veiculação dos fonogramas em todas as rádios, em todos os shows, em todos espaços públicos. Geralmente as fiscalizações se dão através de denúncias. O próprio ECAD foi acusado em 2012, de fazer lobby para grandes corporações de comunicação, interessadas em flexibilizar o recolhimento dos direitos autorais, que já são escassos.

 As plataformas de streaming possibilitaram um avanço inédito na visibilidade musical mundial, porém devolvem ao artista uma baixa remuneração. Além do ganho autoral ser pouco, ainda temos os agregadoras de música nas plataformas, que mordem um pedaço do miserável lucro do artista.

 Talvez a eliminação de intermediários como, as associações de músicos e agregadores de música, facilitariam a vida dos detentores de direitos autorais e já aumentaria seus lucros merecidos.

 Os próprios compositores e músicos nem se quer tem o direito a voto direto para escolher o presidente do ECAD. Este ato restringe-se as sete gigantescas associações de música, que comandam o ECAD. Esse corporativismo está mais preocupado em defender os interesses das associações (cada vez mais ricas) que os dos seus sócios filiados compositores (cada vez mais miseráveis).



  Antes de findar essa postagem, agradeço ao aluno Elson de Souza por me apresentar essa leitura, e reforço para que músicos, compositores e amantes da música, leiam o artigo na sua totalidade. De fato, terão mais clareza na compreensão de como funciona o sistema e a engrenagem da música.
 Artigo maravilhoso do Fred Le Blue Assis (doutor em Planejamento Urbano UFRJ e Pós doutos em Artes pela UFMG)
 O artigo completo está no link abaixo, na citação das fontes.


 fonte                                                  :

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Breve História da Gravação


 1877 -  O fonógrafo de Edson. Esse aparelho, podemos dizer que foi o primeiro gravador da história. Usava um processo mecânico em que uma agulha de aço percorria os sulcos gravados em um cilindro de chumbo.


 1880 - Alexandre Graham Bell inova ao substituir os cilindros por discos planos semelhantes aos atuais.



 1885 - Surge um segundo tipo de fonógrafo inventado por Chichester Bell e Charles Tainter, chamado gramofone.



 1888 - Emile Berliner inventa um terceiro tipo de fonógrafo, também chamado de gramofone. Esse aparelho fazia a leitura horizontal dos discos (os anteriores eram verticais). Ao mesmo tempo, também criou uma técnica de produção de cópias em massa, usando vulcanite de borracha a partir de uma máster de zinco. antes disso, para fazer dez discos, o cantor tinha que cantar dez vezes.



 1902 - Surge o primeiro gravador magnético chamado telegrafone, inventado por Valdemar Poulsen. A gravação era feita em um fio de arame. Surgem os discos de dois lados inventados na América do Sul.



 1906 - Surge o primeiro fonógrafo fechado dentro de uma caixa, fabricado pela Victor Talking Machine Company, de nome 'victrola". A campanha de publicidade na época foi tão grande que, depois de um tempo, qualquer fonógrafo doméstico passou a ser chamado de victrola.



 1913 - Edson adere aos discos planos e começa a fabricá-los. Tinham uma superfície de plástico 6,35 mm de espessura.


 1925 - A inglesa Electric & Musical industries (EMI) inventa a gravação estereofônica gravando discos de 78 RPM.



 1935 - Surge o primeiro gravador de fita magnética, chamado magnetofone e criado pela BASF/AEG.




 1948 - A gravação multipista em mais de dois canais foi inventada pelo músico e inventor Les Paul. A primeira gravação multipista foi feita em sua garagem nesse ano.
 Surgem os long plays (LP) com 30 cm de diâmetro e 33,3 RPM. Tinham muito mais fidelidade que os discos de 78 RPM.



 1958 - Surgem os LPs estereofônicos, iniciando a era da alta fidelidade. Porém eram frágeis e sujeitos a riscos. É um formato que se mantém no mercado até os dias atuais.




 1965 - O compacto audio cassete (K7) é introduzido no mercado pela Philips, com 30 e 45 minutos de estéreo de cada lado.


 1969 - Sistema Dolby de redução de ruídos.





 1982 - Surgimento de compact disc (CD).



 1989 - Criação do MP3 (MPEG Layer III) na Alemanha. Criação no mini-disc (Sony). Ambos usam o nome sistema de compressão de áudio.



 1998 - Surgimento do DVD-audio com qualidade melhor que a do CD, e também do Super Audio CD.
 Com o surgimento da internet, foram criados outros formatos de áudio com e sem compressão de dados que, segundo especialistas, farão o CD desaparecer. No entanto, os discos de vinil voltaram a se tornar populares entre os consumidores.



fontes                                                                               
Técnicas Básicas de Áudio e Gravação (Sesc);
wikipedia;

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Paladar Musical

 Apesar de toda diversidade acessível e oportunizada pela internet, percebemos hoje em dia que grande parte do público ouve e canta apenas os "funks" ou "sertanejos universitários" que estão em voga na mídia atual, o que acaba moldando certa "identidade musical" do momento em que vivemos.

 Não haveria nenhum problema se não fossem algumas letras vazias de significado ou, que quando bem analisadas, banalizam nossas relações e nos rebaixam a condições sub-humanas; mas essa talvez nem seja a maior questão.

 Um problema ainda maior é que muitas vezes estamos privando, como exemplo, as crianças ou nós mesmos de entrar em contato com a riqueza e a beleza da música em suas mais diversas formas de manifestação. O fato é que talvez seja inevitável termos contato direto com esses gêneros tão fortemente impostos pela indústria cultural de massas. 

 Mas, o que podemos fazer então?

 Talvez a saída seja proporcionar um ambiente musical mais rico e diverso, para que não sejamos "reféns" apenas daquilo que está na "moda".

 Assim como no "paladar", precisamos aprender a "comer de tudo", e a aprender sobre quais alimentos são mais saudáveis. Na música também deveríamos ter acesso a um "cardápio" mais variado, para posteriormente, podermos fazer as escolhas de consumo.
 O contato com a diversidade musical pode trazer uma série de benefícios sob diversos olhares.

 Do ponto de vista cognitivo por exemplo, uma criança que ouve diversos tipos de música, acaba por desenvolver uma série de sinapses que possibilitam novos caminhos para seu pensamento. Já do ponto de vista emocional, a criança que mais escuta diversos tipos de música, tem um contato maior com a riqueza do seu mundo interior, crescendo mais saudável do ponto de vista emocional e psicológico.

 Quanto mais músicas ouvirmos, mais amplo será nosso "território cultural", ampliando consequentemente nossa visão de mundo e conhecendo as diversas manifestações musicais do homem espalhadas pelo planeta.
 Vamos criar um ambiente musical saudável e diverso na nossa vida!


 fonte                                                                   :
Curso SP é o mundo (Fábio Bergamini);

sexta-feira, 30 de junho de 2023

Intensity DK, Profissionalismo

 Dedico essa postagem aos excelentes profissionais da Intensity DK.


 Segue o resumo da história:
 Um dos meus instrumentos de trabalho apresentou problemas há mais ou menos cinco anos atrás.
 Levei o violão em alguns (muitos) lugares da metrópole buscando reparo. Lojas, assistência técnica, engenheiro eletrônico e luthiers com know-how no mercado paulista. Mas infelizmente, não obtive sucesso no conserto.
 O instrumento é um violão canadense com circuito MIDI e tecnologia de ponta. As peças de reposição exibem um custo elevado comparado ao valor da moeda brasileira.

 Após muitas tentativas e buscas por solução, fui orientado a comprar um pré-amplificador (sistema eletrônico) para o violão. É como se alguma peça de um carro estivesse quebrada, e o mecânico orientasse a comprar um motor novo para o automóvel.
 Importar o pré-amplificador teria um custo alto dentro do meu orçamento. A solução então, seria encostar o violão e pesquisar no Brasil, alguém vendendo esse tal de pré-amplificador. Fazendo uma analogia, seria como encontrar a “mosca branca” ou o “elefante cor de rosa” na natureza.


 Após três anos com o violão parado, encontrei a tal “mosca branca” aqui no estado de São Paulo; comprei o tão esperado pré-amplificador: novo, sem uso, nenhuma marca de solda; ou seja, encontrei a “mosca mais que branca”.
 Chegou então o tão esperado momento de instalar no violão e devolvê-lo ao trabalho.


 Poucos meses antes, um colega indiciou a Intensity DK e me passou o telefone do pessoal. Entrei em contato e levei o violão com o pré-amplificador para instalarem. Nesse dia é que fui surpreendido!!!
 Em poucos minutos de análise, a Néia (Intensity DK) verificou o violão, apontou o problema e mostrou a solução. O violão estava normal e era apenas uma  mínima correção na placa MIDI do violão. Fez o trabalho com destreza, eficiência e transparência. Em pouco tempo, resolveu o problema que há anos deixou o violão parado em casa. Nem precisou instalar o pré-amplificador no violão.


 Passei o dia conversando e conhecendo os profissionais da Intensity DK. Pessoas com muito conhecimento, experiência, transparencia, humildes e acima de tudo, com muita humanidade.
 Fiz questão de compartilhar essa postagem com todos, porque profissionais desse porte, precisam ser reconhecidos. Até aconselho vocês leitores, quando encontrarem profissionais assim, não deixe-os ficar no anonimato, pois o mais comum de se encontrar são reclamações ou contraindicações de serviços.
 Nesse caso, o oposto se faz presente e com certeza indico os profissionais da Intensity DK, Anderson e Neia!!!


 Obrigado por tudo que fizeram. Além do atendimento humanizado nota mil, muito obrigado pelo excelente trabalho.


É importante frisar que, senti vontade de escrever essa postagem, para que leitores conheçam o trabalho desses profissionais e já adianto que:
 - essa postagem NÃO é patrocinada pela Intensity DK; 
 - NÃO possuo nenhum grau de parentesco;
 - NÃO tenho nenhum interesse de bajular ninguém;
 - é apenas um gesto de agradecimento e confiança que deposito neles.

 Se quiserem mais informações ou tiverem curiosidade sobre algo relacionado ao assunto, enviem mensagem. Terei o maior prazer em conversar.
 Grande abraço a todos!!!